sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Crisma - Análise

Apesar de variados documentos do Magistério da Igreja apontarem a catequese de Adultos como uma prioridade pastoral, ainda assim ela não se encontra suficientemente potenciada e aprofundada. Os recursos humanos e os materiais de apoio têm versado antes a catequese da adolescência e da infância. Por isso, encontrar itinerários de fé para os adultos não é tarefa fácil.
As Edições Paulina lançaram, em Setembro de 2000, o livro “Catequese para adultos – O Crisma” que pretende, tal como o título indica, auxiliar numa preparação prévia ao sacramento do Crisma. Mas será que isto corresponde às necessidades da Catequese de Adultos? Creio que não.
Em primeiro lugar, este tipo de subsídios, ao estilo de “comprimido de acção rápida”, não promove, ao que tudo indica, uma verdadeira conversão. O objectivo não é tanto transmitir um conjunto de noções intelectuais, mas sim promover a conversão, ou seja, o encontro pessoal, íntimo e duradoiro com Cristo. Títulos como “vamos estudar” ou “para pensar e trabalhar” indicam isso mesmo.
Em segundo lugar, os conteúdos do livro parecem não estar “sintonizados” com o público a que se destinam. Quer-se dizer que os conteúdos são apresentados de um modo bastante juvenil, deixando transparecer a ideia que se os adultos pararam na sua caminhada, então é necessário transportá-los novamente para o ponto onde pararam. Ora, isto colide frontalmente com os princípios da andragogia e infantiliza os adultos. Sessões como “Cristo, o grande amigo” ou “Sou Cristão” parecem transportar-nos para a infância, ou ainda os logótipos para abrilhantarem o olho.
Em terceiro lugar, o livro não promove uma experiência de inserção na comunidade, algo fundamental para a continuidade dos crismandos e para a experiência de cristão. De que vale ter como objectivo “Tomar consciência da nossa responsabilidade como membros da Igreja”, se apenas tudo é processado no intelecto, através da leitura de textos, e isso não transforma no interior?
Em quarto lugar, este livro poderia aprofundar alguns temas que impliquem os adultos, temas que os inquietam no dia-a-dia: a salvação, sentido para a vida, economia, moral, etc.
No fundo, podemos concluir que este livro está desajustado tanto aos objectivos que se propõe como às necessidades da Igrejas. Será que existe algum livro ideal? Também me parece que não. A solução poderá passar pela elaboração de conteúdos mais abrangentes, adaptados aos anseios do seres humanos de hoje, e depois segundo as várias realidades onde serão utilizados, há necessidade de adaptar e construir o itinerário de fé. Cada comunidade, cada pessoa é singular… e o itinerário deve estar em sintonia com esta premissa. Receitas perfeitas não existem.

Análise e sugestões a propósito de "O Crisma"

Mais do que fazer a análise crítica do material, onde o grafismo e a interacção com o utilizador é bastante infantil, importa tentar ver no que este material nos pode ajudar na formulação de uma formação de adultos devidamente estruturada.
Começando pelo que não se deve repetir, este material foi idealizado para o contexto da América-Latina, com uma vivência cultural e religiosa muito diferente da nossa realidade Ocidental. Chamo a exemplo a utilização de dados específicos das conferências episcopais de países sul-americanos, e a referência implícita à teologia da libertação. Posto isto é importante que a experiência humana invocada na formação de adultos parta da própria experiência humana dos formandos, e por isso deve sair do seu contexto social, e porque não mesmo do seu contexto eclesial, das suas experiências religiosas.
O material está estruturado em seis encontros, mas a sua brevidade não deve ser desculpa para não abordar temas que devem fazer parte de uma formação de adultos válida. Uma formação de adultos deve passar por temas como a Doutrina Social da Igreja (a sua forma de relação com a sociedade), a Escatologia (o sentido que a nossa vida pode ter quando orientada para o Pai), os Sacramentos (tanto os da Iniciação Cristã como os de Serviço).
Concluindo, é positivo que este tipo de materiais cheguem até nós, mas é necessário que esse material seja sujeito a uma aculturação ao contexto onde vai ser usado, e que responda às necessidades reais dos formandos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Conclusões da análise crítica ao livro «O Crisma - Catequese para adultos»

SECTOR DE CATEQUESE REGIONAL NORDESTE V, O Crisma.Catequese para adultos, 3ª ed. (1ª ed. no ano 2000), Paulinas, Lisboa 2002.

Após a leitura do livro O Crisma – Catequese para adultos, concluímos que, apesar de pretender ir ao encontro de um dos princípios fundamentais da andragogia – ter em conta a experiência dos adultos em formação, de modo a que se sintam motivados – não o consegue realmente.
Os títulos atribuídos a cada encontro – como «Cristo, o Grande Amigo», do segundo – e a própria estrutura de cada encontro, dividido em partes como «Vamos estudar», utilizam uma terminologia mais adaptada à adolescência, inadequada à idade adulta e até mesmo infantilizante. O mesmo podemos dizer do grafismo e do conteúdo do texto: os exemplos dados são desajustados à idade e muito provavelmente às diferentes situações de vida das pessoas que utilizarão o livro – veja-se, por exemplo, a «história» contada no segundo encontro: «Joaquim foi trabalhar numa fábrica como chefe dos mecânicos». Estas experiências da vida concreta dos formandos são importantes mas devem realmente estar relacionadas com a vida deles, para que se sintam tocados. Por isso, nos encontros com adultos, é melhor não ir com uma experiência predefinida. Deve-se também ter em conta que experiências de fé são também experiências de vida que não se devem ignorar.
No final do terceiro encontro, na rúbrica «Para rezar», deparamo-nos com uma dinâmica de proselitismo desnecessário: «Faça uma oração ao Espírito Santo, pedindo-lhe que o ajude a trazer mais pessoas para o seio da Igreja». É importante que não seja esta a mentalidade da Igreja, como algum partido político que pretende arrecadar o maior número possível de militantes ou de votos ou algum estabelecimento comercial que faz publicidade de modo a ter o maior número possível de clientes para obter lucros e enfrentar a concorrência. Hoje, a Igreja deve pensar de outra forma: «nós temos um bom produto; se não o queres, o prejudicado és tu!».
Os encontros propostos neste livro parecem demasiado breves e não abordam aspectos fundamentais na formação cristã de adultos como a Doutrina Social da Igreja – a nossa relação actual uns com os outros, com os bens e com o mundo –, os sacramentos de compromisso social – incluindo as vocações religiosas e consagradas –, a protologia, a História da Salvação e, sobretudo, a escatologia.
Além disso, ao concluirmos a leitura do livro podemo-nos perguntar: onde está o compromisso que se leva destes encontros para a vida? Com tão poucos encontros haverá tempo para a conversão? Que caminho se faz para a inserção na comunidade? Há portas que incentivem esta entrada na comunidade? – tenha-se em conta que os movimentos apostólicos são imprescindíveis para que se faça mais alguma coisa na comunidade que não apenas ir à missa, facto que leva a que muitas vezes a motivação se esvazie e os cristãos desistam da comunidade. E ainda: com que critérios pode o catequista avaliar a evolução da pessoa? Será que os formandos se encontram bem preparados para receber o sacramento da Confirmação? Os objectivos propostos para cada encontro são demasiado subjectivos.
Concluindo: não há materiais bons para catequeses de adultos. No entanto, haverá certamente melhores e piores. A presente obra não parece ser a mais adequada para a preparação de adultos que se propõem assumir e declarar a maturidade da sua fé perante a Igreja e a comunidade através do sacramento da Confirmação.

Luís Eugénio Couto Baeta
30 de Outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Crisma - Análise do Material



Autor: Sector de Catequese Regional Nordeste V
ISBN: 978-972-751-353-6
Nº Páginas: 32
Formato: 12x18,5
Peso: 60 gr.
Edição: 5


O Crisma é chamado de sacramento da maturidade cristã, pois ao recebê-lo o cristão confirma a promessa feita no Baptismo de que seria profeta e testemunha de Jesus e da sua doutrina. Quando somos crismados, recebemos a acção do Espírito Santo, que revigora a nossa fé e a nossa força, tornando-nos anunciadores do Evangelho, com plena fidelidade ao novo mandamento de Jesus: o amor ao próximo. É o que este livro ensina àqueles que se preparam para receber o sacramento do Crisma.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Segundo Encontro - Apontamentos

Princípios da andragogia


Para que exista uma verdadeira formação cristã de aprofundamento, que não deve ser confundida com catequese, a sua estrutura não deve ser tendencialmente gnoseológica, mas deve procurar tocar a inteligência, a vontade e o afecto.
O ensino tradicional, que a Igreja começou, e onde foram desenvolvidos alguns princípios da pedagogia, como o memorizar, o repetir e o avaliar, não se adequam a esta formação de adultos, que está centrada em dois pólos, o que aprende e o que ensina.
No contexto dos adultos o local de aprendizagem é a experiência, e é desta que deve partir a sua motivação. Qualquer catequese de adultos tem que partir da experiência. As principais ferramentas de que um formador de adultos se pode valer são a humildade e a verdade.
A aprendizagem deve ser democrática, funcionando numa base de proposta e escolha por parte do grupo. A experiência humana deve ser convocada e sobre esta são apresentados novos dados que permitam um novo olhar sobre a experiência. Na formação de adultos os dados da Revelação devem ser introduzidos para que a experiência humana seja reavaliada. No final deste processo tem um papel importante a síntese.
Este método é um pouco parecido com o que era usado na Acção Católica: o ver; julgar; agir.
Para o adulto é importante apresentar a importância do que vai aprender para a sua vida, e ter sempre presente que a sua presença é voluntária.
A motivação é maior se partirmos da sua experiência, a sua maneira de aprender é a prática, especialmente através de tarefas, jogos didácticos, dinâmicas. O esquema seguido pode ser sintetizado assim: Experiência; Aprendizagem; reorganização da Experiência. O adulto está predisposto a aprender aquilo que julga ser importante.
O convite para a formação de adultos deve ser interessante.
Alguns dos problemas levantados na formação de adultos prendem-se com a linguagem e os conceitos, os quais devem ser introduzidos de forma a ficarem clarificados.
A orientação da aprendizagem dever ser dada pela experiência, pois pode já haver uma experiência religiosa, mas que muitas vezes não é cristã, onde deve ser proposta a novidade do Evangelho.
Para encontramos, em Igreja, métodos capazes para esta formação de adultos devemos socorrermo-nos das ciências humanas e das boas práticas, estejam onde estiverem.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Primeiro encontro - apontamentos

Quando alguém é confrontado com a necessidade de definir “Catequese de adultos”, muitas vezes ela é descrita com uma abrangência algo parca. E, talvez mais grave, ela é compreendida nos moldes da catequese de infância ou adolescência, com os mesmos objectivos e métodos de trabalho.
Assim, quando falamos em catequese de adultos, podemos abrir os horizontes para a vermos como: 1) Catecumenado; 2) Formação permanente; 3) Formação de Aprofundamento; 4) Formação Eventual; 5) Catequese do recomeçar.

No que concerne ao itinerário do catecumenado, todo ele se encontra explicitado no RICA. Trata-se de um percurso gradativo, com várias fases e momentos próprios, e que pode terminar após três anos. Durante este período, o candidato tem oportunidade de ser introduzido nos princípios que orientam o cristianismo, através de várias catequeses, e ainda de fazer a experiência de comunidade.

No âmbito da formação permanente, ela concretiza-se em várias dimensões. Numa perspectiva pastoral, a homília dominical surge como um momento fundamental. Na verdade, toda a liturgia, ao mesmo tempo que é celebrada, poderá também ela ser escola de formação. A par das homilias, surgem outras circunstâncias: os tríduos, pregações ou ainda a valorização dos tempos fortes na liturgia, mormente o advento e a quaresma. Por fim, podemos ainda olhar para encontros periódicos de formação como fazendo parte deste tipo de formação.

A formação de aprofundamento concretiza-se em acções de formação como cursos bíblicos, cursos de teologia ou teológico-pastoral, etc. O mesmo é dizer que se trata de uma formação mais prolongada no tempo.

A formação eventual ocorre principalmente enquanto preparação prévia de sacramentos ou celebrações. Em termos pastorais, este tipo de formação acaba por ser o mais recorrente, principalmente nas formações prévias para o matrimónio e baptismo. Há, contudo, ainda outras ocasiões que podem ser exploradas: preparação para o sacramento da reconciliação ou ainda para a unção dos enfermos.

A catequese do recomeçar é aquela catequese de adultos destinada àqueles que tendo tido parte ou na totalidade da iniciação cristã na infância e adolescência, se afastaram e viveram como pagãos. Por qualquer motivo, querem viver de novo a adesão a Jesus Cristo, e com os quais é preciso fazer como que um catecumenado, sem ignorar os sacrametnos que já celebraram.

Quando olhamos para a realidade do mundo, de facto parece pertinente e necessário apostar na catequese de adultos. A Igreja vive uma nova realidade ao deparar-se com o crescente número de cristãos baptizados na infância e que, por múltiplas razões, se afastaram da Igreja. Posteriormente, por alguma razão, decidem voltar à comunidade e pedem-lhe ajuda para recomeçaram um novo itinerário de fé.
Isto implica ter agentes de pastoral qualificados para lidar com esta nova realidade, implica a existência de catequistas com métodos adequados e uma proposta de itinerário de fé adequado à nova realidade.
De facto, os documentos da Igreja reflectem muito sobre a catequese de adultos, mas os problemas que tantas vezes surgem nos encontros com os catequistas prendem-se com a infância ou adolescência. O mesmo é dizer que a reflexão e as linhas de acção propostas nos documentos não encontram eco na realidade.
Outra proposta no âmbito da catequese de adultos seria a da catequese intergeracional. Sendo que, na realidade, a catequese em Portugal encontra-se focada essencialmente para a infância e juventude, a catequese em família seria uma proposta para envolver os mais velhos. Ora, neste tipo de catequese, toda a família faz catequese, não só as crianças ou jovens. O itinerário seguido é o itinerário litúrgico porque é o único que congrega toda a família em terno de um tema comum. Assim, vai-se falando, agindo e comprometendo ao ritmo do Domingo. E quando alguém se sentir preparado, então propõe-se para os sacramentos.
De tudo quanto foi dito, importa realçar que é cada vez mais necessário abrir horizontes quando se fala em catequese de adultos. Ela segue um itinerário diferente do das crianças e com métodos diferentes (andragogia).


Andragogia

Txto disonível aqui.

Análise de materiais catequéticos

CRITERIOS PARA EL ANALISIS Y DICTAMINACION
DE LIBROS Y MATERIALES C (ATEQUETICOS
-(in Actualidad Catequetica, 157-158 (ano 1993)

Elaborados por la Comisión Episcopal para la Doctrina de la Fe y la Subcomisión Episcopal de Catequesis

I. CRITERIOS GENERALES

1. Los contenidos básicos de los Catecismos oficiales de la Conferencia Episcopal Espafiola son el plinto de referencia aI que ha de acomodarse la pro­gramación de otros libras o materiales catequéticos. Se ha de comprobar si és­tos son realmente «instrumentos de apoyo», complementarios de aquellos Ca­tecismos; esto es, si se adaptan a sus temarios y aI espíritu que inspira su selección y concatenación.

2. Estos instrumentos catequéticos, en su estructura, deberán referirse a los elementos característicos de la iniciación cristiana:

- la profesión de fe
- la celebración de la fe en los sacramentos
- la oración
- y la vida cristiana (moral; compromiso apostólico y misionero; vida co­munitaria).

3. Se deberá ver, en consecuencia, si, según lo exijan los progresivos nive­les de desarrollo, se exponen suficientemente los núcleos fundam entales de la fe y la doctrina cristianas; se inicia a los destinatarios en la liturgia y oración de la Iglesia; y se recogen los criterios y normas principales de la conducta mo­ral, así como la vida de la Iglesia y su misión.
4. Todo material catequético debe proporcionar elementos que ayuden a los catequizandos a fijar la memoria en sentencias bíblicas, expresiones de fe recogidas en el Nuevo Testamento, expresiones de fe acufiadas por el magiste­rio de la Iglesia, fórmulas litúrgicas, otras oraciones comunes y formulaciones doctrinales.

5. Los libros o materiales catequéticos, presentados para su análisis y dic­
taminación, conviene que desarrollen un ciclo completo de catequesis.
Con frecuencia se proyectan planes amplios y cíclicos: temarios, por ejem­pIo, para las catequesis de infancia, preadolescencia y juventud, curo desarro­110 se va haciendo paulatina y fragmentariamente. En estos casos, para dar un juicio completo conviene esperar a que ef plan se haJa realizado en su totali­dad y, hasta entonces, esos instrumentos catequéticos no deberán usarse en la práctica. La razón es que resulta prácticamente imposible emitir un dictamen justo sobre el tratamiento de los diversos temas sin poder comprobar si, a lo largo dei ciclo completo, han sido expuestos progresivamente en su integridad doctrinal.

6. Uso de las Sagradas Escrituras

Para el uso de las Sagradas Escrituras, téngase presente los criterios si­guientes:

6.1. Procúrese que la Sagrada Escritura inspire realmente eI desarrollo de los diversos temas doctrinales, sin que las perícopas bíblicas se reduzcan a ser sólo un medio para apoyar la exposición de la doctrina.

6.2. Evítese una indiscriminada acumulación de textos bíblicos y hágase una cuidada selección de los pasajes y perícopas que sean verdaderamente fun­damentales para la interpretación y comprensión de la síntesis de la fe y moral cristianas.

6.3. La presentación deI mensaje bíblico, teniendo en cuenta una exégesis científica y rigurosa de los textos, se hará de acuerdo con la lectura hecha por
la tradición viva de la Iglesia (Cfr. DV 11). Hay que evitar, por tanto, que eI sen­tido de los datos bíblicos que se ofrecen no sean un simple resultado de la apli­cación de los métodos histórico-críticos, prescindiendo, de hecho, de la inter­
pretación católica.

6.4. No separar en compartimentos estancos los mensajes deI Antiguo Tes­tamento y deI Nuevo Testamento sino hacer ver la unidad que existe entre am­bos; ha de quedar patente que eI Antiguo adquiere su plena significación en eI Nuevo Testamento, aI que, por su parte, explica e ilumina. En esta lectura cris­tiana deI A.T. habrá que tener en cuenta lo que los Padres de la Iglesia han lla­mado «la condescendencia divina».

6.5. Hay que evitar el error en que a veces se incurre de restringir el ámbito de la «historia de salvación» aI Antiguo Testamento, olvidando que los aconte­cimientos dei misterio pascual de Cristo sou la culminación de la salvación de Dios en la historia y que la historia de la Iglesia es la actualización, el constan­te «hoy», de esa salvación.

6.6. No se reduzcan las intervenciones salvadoras de Dios en la historia a
meras propuestas morales y espirituales (eI desierto, el éxodo, etc.), destinadas únicamente a iluminar el sentido de la existencia humana. Habrá que ver tam­bién en los acontecimientos de esa historia de salvación que Dios mismo, en ella, comunica y revela «algo» de sí mismo que rebasa y trasciende la mera his­toria de los hombres y sus expectativas.

6.7. Procúrese que la Sagrada Escritura no se interprete mediante un úni­co esquema estereotipado, con una cierta inspiración ideológica, como, por ejemplo, la oposición entre institución y carisma, sacerdocio y profetismo, ley y libertad, etc.

6.8. Póngase de relieve la conexión entre la historia de salvación, transmitida por la Biblia y los Símbolos de la fe, reconocidos por la Iglesia como resúme­nes o compendios de las Sagradas Escrituras «
7. Expresiones de la Tradición viva de la Iglesia

7.1. Inclúyase, sobre todo en materiales dirigidos a catequistas o para la catequesis de jóvenes y adultos, testimonios de los Santos Padres. Más que el número de textos importa la selección de algunos más representativos y expresivos de manera que ayuden a los catequizandos a compro bar cómo la fe ha sido profundizada progresivamente en la tradición de la Iglesia y a to­mar conciencia de que eIlos mismos participan en la corriente viva de esa Tradición.

7.2. Con la misma finalidad, especialmente para la catequesis de ninos y adolescentes, incorpórense testimonios de la vida de los Santos y, en su caso, algunas muestras de sus escritos más significativos.

7.3. Alúdase a acontecimientos, verdaderamente importantes, de la histo­ria eclesiástica y senálense algunas manifestaciones deI arte cristiano y otras expresiones culturales de la vida de la Iglesia.
7.4. Reconózcase a la liturgia el lugar decisivo que tiene en la trasmisión de la fe; ofrézcanse textos de los Rituales de sacramentos, de la «Liturgia de las Horas» y, sobre todo, deI Misal, especialmente trozos seleccionados de las Ple­garias Eucarísticas. No se debe olvidar que la lex orandi es lex credendi.

7.5. Recójanse algunas expresiones de la confesión de fe de la Iglesia (Sím­bolos o Credos) y textos mayores deI Magisterio: textos de Concilios Ecuméni­cos y ensenanzas oficiales de la Iglesia, en especial de los Papas. En igualdad de condiciones, escójanse los textos más expresivos.

7.6. Por razón de su vigencia actual, concédase atención privilegiada a los documentos deI Concilio Vaticano II y, entre ellos, a las cuatro Constituciones: «Lumen Gentium», sobre la Iglesia: «Dei Verbum», sobre la divina revelación; «SacrDsanctum Concilium», sobre la sagrada liturgia y «Gaudium et Spes», so­bre la Iglesia en el mundo actual. .

7.7. No se incluyan «credos» ni «Plegarias Eucarísticas», compuestas por autores particulares y ajenos, por tanto, a la oración oficial de la Iglesia. Cuíde­se de que las posibles propuestas de formulaciones de oraciones y expresiones de fe no se presten a ser confundidas con los textos oficiales de la Iglesia.

7.8. No se admita un material que, con una cierta preferencia, cite autores profanos o aduzca testimonios de vida de personajes no cristianos.
7.9. Introdúzcanse también textos de teólogos o autores contemporáneos, evi­tando los que proceden de libras, revistas o artículos doctrinalmente dudosos, problemáticos o conflictivos que, aun cuando se citen junto a otros textos doctri­nalmente válidos, difícilmente pueden suscitar en los destinatarios la adhesión eclesial y sí, por el contrario, causarles desconcierto, dudas y confusión.
7.10. Es importante que la transmisión dellenguaje básico de la fe recoja las diversas formas dellenguaje de la Sagrada Escritura y de la Tradición: el relato de los acontecimientos salvadores, la confesión de te, doxología, el him­no, la bendición, la acción de gracias, la súplica, la promesa, el mandamiento, la exhortación, las fórmulas de alianza, las fórmulas y proposiciones asertivas que describen o definen conceptos y realidades de te, etc.

7.11. Procúrese que las citas bíblicas, patrísticas, deI magisterio, etc., no aparezcan como elementos sueltos o yuxtapuestos sino enmarcados en el con­texto de manera que formen con éste una unidad de sentido y gramatical, que ayude a su más exacta comprensión y valoración.

7.12. Procúrese que para la reproducción de los textos bíblicos se tomen las versiones bíblicas que emplea la Liturgia; en todo caso, los textos bíblicos han de ser tomados de versiones aprobadas por la Iglesia.

11. CONTENIDOS DOCTRINALES

8. Fidelidad a la fe de la Iglesia

8.1. Los libras y materiales catequéticos, ante todo, han de transmitir con fidelidad la fe de la Iglesia, tal como lo propone nuestro Magisterio. Ha de que­dar siempre claro lo que realmente son contenidos de la fe y lo que son comen­tarios teológicos o catequísticos de la Iglesia.

8.2. A continuación, se sefialan algunos aspectos deI mensaje cristiano que, en los momentos actuales, han de tenerse especialmente presentes aI analizar y dictaminar los instrumentos catequéticos.

a) DIOS

8.3. La catequesis cristiana es esencialmente, teocéntrica. EI tema de Dios, en consecuencia, ha de ser tratado en sí mismo y por sí mismo de forma que Dios sea presentado como ser personal, principio y fin de toda realidad, crea­
dor, providente y salvador. EI tema de Dios en sí mismo es, sin embargo, una laguna muy importante que se da en algunos materiales catequéticos.
8.4. No es suficiente, piles, tratar de Dios de manera indirecta, refiriéndose a EI como respuesta aI sentido de la vida humana o como «el Dios de Jesucris­to», que ayuda a desmontar falsas imágenes de Dios.

8.5. Dios debe aparecer siempre como Sefior deI universo y como el sujeto agente que, en el centro de la existencia humana, interviene decisivamente en ella con su juicio y amor. Dios se revela como Creador y Padre de misericordia que re­nueva aI hombre y a la creación (mirabiliter condidisti rnirabilius reformasti).
8.6. Ha de ensenarse que los hombres tienen capacidad para conocer a Dios, principio y fin de su vida y de todas las cosas, a través de las obras de la creación, de acontecimientos senalados de la vida humana, de la voz de su con­ciencia y deI anhelo de felicidad que sienten en su corazón.
8.7. Ha de mostrarse también que, para que todos los hombres puedan al­canzar un conocimiento cierto y sin errares, de Dios a través de sus huellas y rastros en el mundo, Dios quiso revelarse a sí mismo en la historia humana. La plenitud de esa revelación histórica de Dios aconteció en la vida, muerte y re­surrección de su Hijo Jesucristo y en el envío dei Espíritu Santo.

8.8. Jesucristo ha revelado que el Dios uno y verdadero es Padre, Hijo y Espí­ritu Santo. Es necesario comprobar que los instrumentos catequéticos profesan y expresan con exactitud el misterio trinitario. En ocasiones, se deja de exponer el misterio de la Santísima Trinidad en sí mismo, reduciéndolo únicamente a la ma­nifestación de las divinas personas en los acontecimientos de la historia de la sal­vacÍón. Otras veces, en sentido contrario, se cae en el detecto de ofrecer fórmulas trinitarias, desconectadas de la revelación deI misterio de Dios en la historia.

8.9. En los últimos anos, se han dado, a veces, catequesis pretendidamente «cristocéntricas» pero que no lo eran en realidad, porque, aI reducir práctica­mente a Jesús de Nazaret a un reformador de la sociedad, no han profesado que Cristo es el camino que desemboca en el teocentrismo trinitario, distintivo de la fe cristiana.

b) JESUCRISTO

8.10. Los libras y materiales catequéticos han de recoger las aportaciones válidas que se han hecho en los últimos anos acerca de la verdadera humani­dad de Jesús y deI carácter histórico de los acontecimientos de su existencia te­rrena, de sus actitudes, deI proceso de su muerte, ele. Algunos instrumentos catequéticos, pocos, todavía no han incorporado suficientemente los aspectos históricos de Jesús de Nazaret y pueden dejar la impresión de cierto sabor «monofisista» en el acceso a su misterio.

8.11. Ha de cuidarse, aI mismo tiempo, con suma atención que, aI desarro­llar las cuestiones cristológicas, no se subraye tan unilateralmente lo histórico de Jesús que se oscurezca y casi se silencie su ser de Hijo de Dios «de la misma naturaleza deI Padre».

8.12. Pueden encontrarse, de hecho, instrumentos catequéticos que apenas afirman que «Jesús es el Hijo de Dios hecho hombre» más que de forma indi­recta o con modos de hablar que, en el conjunto resulten formales.
8.13. Se ha de tratar expresamente de la encarnación deI Hijo de Dios y, con ese motivo, hablar, clara y distintamente, de la divinidad de Cristo, de la preexistencia deI Hijo unigénito y eterno de Dios y de la singular concepción de Jesús en las entranas de María siempre Virgen, sin intervención de varón.

8.14. Debe prestarse atención especial a algunas presentaciones deI «Jesús de la historia» que se reducen a recoger los resultados de la reconstrucción de la vida de Jesús mediante la sola aplicación de los métodos histórico-críticos y esto no sólo aI margen dei dogma eclesial e incluso de la confesión de fe dei Nuevo Testamento sino seleccionando de los evangelios, sobre todo en los si­nópticos, por prejuicios históricos y culturales, determinados dichos y hechos de Jesús, aI tiempo que otros se soslayan o se olvidan. Estos procedimientos de mera reconstrucción histórica conducen a considerar a Cristo sólo como mo­delo de conducta para los hombres o como una fuente de posibilidades huma­nas pero no como el Salvador enviado por Dios.

8.15. AI analizar los materiales, téngase presente que dar a conocer a Jesús tal como realmente file, en su realidad histórica y en la realidad plena de su persona y de su misterio, no es posible sin la aceptación, en la fe, de los evan­gelios, tal como los ofrece e interpreta la Iglesia. En esta presentación de Jesús no debe faltar el tema de los milagroso
8.16. Cuídese que se incluyan confesiones de fe cristológica, tomadas deI nuevo Testamento y de la Tradición. Estas últimas, sobre todo, se rehuyen con frecuencia por considerarias fruto de una especulación ligada a una metafísica deI rasado siendo así que la Iglesia, desde sus orígenes, ha leído esta fe en la naturaleza específica de la salvación traída por Jesús de Nazaret: en El, Dios se ha dado aI hombre de una manera total y última, no a través de un puro hom­bre sino a través de su Rijo único.

8.17. En las últimas décadas, la investigación exegética y teológica ha pro­fundizado en las causas históricas dei proceso y muerte de Jesús. Esta impor­tante aportación ha de incorporarse a los instrumentos catequéticos porque el inculcar la historicidad de estos hechos asegura que el Rijo de Dios ha entrado de veras en nuestra historia de injusticia y de violencia y muestra, además, la solidaridad por la que EI optá en favor de los hombres discriminados y misera­bles.

8.18. Ra de cuidarse, sin embargo, que la muerte de Jesús, no aparezca, pura y simplemente, como el resultado deI conflicto de sus pretensiones de úl­timo enviado de Dios con los presupuestos ideológicos sobre Dios, lo religioso y la misma existencia humana de quienes lo condenaron a muerte: es decir, que no aparezca como el mero resultado de un conflicto sociopolítico con las autoridades deI pueblo de Israel y deI imperio romano.

8.19. Es insuficiente, por tanto, y fruto de determinadas ideologías tratar de explicar la muerte de Jesús, únicamente, como consecuencia deI choque cie­go de la sociedad instaurada por los poderes humanos de su tiempo con una pretendida sociedad alternativa, propuesta por Jesús.
8.20. Es también insuficiente e ideologizante presentar la muerte de Jesús sólo como el término "lógico» de la actuación de un hombre, plenamente libre frente a todo lo que en su entorno histórico significa «autoridad»: la ler, el templo, el sacerdocio, etc., y que trae la liberación a quienes están siendo vícti­mas de las instituciones políticas y religiosas de una sociedad opresora.

8.21. En este tipo de interpretaciones queda siempre extraordinariamente oscurecida, cuando no negada, la autoconciencia de Jesús respecto a su singu­lar relación con Dios, el Padre, y a su misión mesiánica salvadora.

8.22. Para estas interpretaciones, lo original de la muerte de Jesús parece reducirse aI valor ejemplar de su solidaridad con el hombre, que le neva hasta la entrega de la vida.

8.23. La catequesis sobre estas cuestiones está hoy especialmente necesita­da de una seria y profunda clarificación. Muchos materiales caen en las pre­sentaciones parciales e inadecuadas que se acaban de enumerar.

8.24. Sin abandonar la exposición de sus causas históricas, es imprescindi­ble destacar la dimensión teológica de la muerte salvadora de Cristo por nues­tros pecados, como se revela y explica en el Nuevo Testamento, especialmente en S. Pablo y en la carta a los Rebreos.

8.25. Es preciso afirmar que la muerte de Jesús no es sólo un ejemplo de vida para los hombres ni la suprema manifestación de su solidaridad con los hombres pecadores y marginados de la sociedad civil y religiosa. Entregándose en obediencia libre a la muerte, Jesús cumple los planes salvadores de Dios, su Padre. AI entregar a Jesús, su Rijo inocente, a la muerte de cruz, Dios nega hasta la extrema donación de sí mismo a un mundo alejado de EI por el peca­do: es ésa su definitiva y máxima muestra de amor a los hombres. En la muer­te de Jesús, Dios mismo ha condenado el pecado y en ena «ha reconciliado aI mundo consigo sin pedirle cuenta de sus pecados» (2 Cor. 5,19), ofreciendo a todos el perdón y la salvación. En virtud de la muerte de Jesús, las relaciones entre Dios y los hombres han experimentado realmente un giro decisivo.

8.26. Los libros y materiales catequéticos han de conceder a la presenta­ción de la resurrección de Jesús de entre los muertos ellugar central que le co­rresponde como acontecimiento culminante en que se funda la fe cristiana; lu­gar que no siempre ha tenido ni en la catequesis ni en la teología.

8.27. Examínese atentamente si se expone con precisión en qué sentido la resurrección de Jesús que, en sí misma, es un acontecimiento único que tras­ciende la historia, afecta, sin embargo, y pertenece realmente a nuestra histo­
ria porque la resurrección se ejerció sobre el cuerpo de Jesús, depositado en el sepulcro, en un tiempo determinado de la historia y dejó testimonio histórico en las apariciones y en el sepulcro vacío.

8.28. En la presentación de la resurrección de Jesús, se encuentra difundi­do hoy, con frecuencia, un cierto «fideísmo» que neva a soslayar el conjunto de sucesos históricos: las apariciones deI Resucitado juntamente con el hallazgo deI sepulcro vacío; mediante, los cuales, los primeros testigos, que estaban ciertos de la muerte de Jesús, cambiaron radicalmente de actitud aI adquirir la certeza inesperada de la realidad de su resurrección. AI presentar la resurrec­ción hay que proclamar claramente que Jesús resucitó y no sólo que vive.

8.29. Cuídese que la interpretación de las manifestaciones dei Resucitado no se reduzca a puras experiencias subjetivas de los Apóstoles y primeros discí­pulos.

8.30. Cuídese también que el indicio negativo de la tumba vacía no se ex­plique como un símbolo creado por la comunidad para expresar que Jesús ha­bía resucitado.
8.31. Preséntese la resurrección de Jesús, en sí misma, como su entrada en la gloria de Dios, su Padre, ámbito de una existencia radicalmente nueva e inexperimentable para nosotros; pero afírmese que esa resurrección, que no se limita a ser la revivificación de un cuerpo muerto, incluye, en todo ca­so, la glorificación corporal. Se detecta hoy una tendencia adejar en la pe­numbra y sin explicación todo lo que se refiere a la corporeidad deI Sefior Resucitado.

8.32. Dígase claramente que la resurrección de Jesús no es un simbolismo de la vida nueva de los creyentes ni de que la «causa» de Jesús sigue viva: la «causa» de Jesús va adelante precisamente porque EI está vivo.

8.33. AI exponer la confesión de fe cristológica, no se puede introducir se­paración entre el Verbo y Jesucristo ni entre el Jesús prepascual y el Sefior re­sucitado. Aunque, por razones metodológicas, es lícito considerar los diversos aspectos deI misterio de Cristo, no se debe perder nunca de vista la identidad de! «1esús de la historia» y e! «Cristo de la fe».

c) EL ESPIRITU SANTO

8.34. Es importante que los libros y materiales catequéticos destaquen e! decisivo lugar deI Espíritu Santo en la economía de la salvación, recuperación lograda por el Vaticano 11, recogida y ampliada en documentos posconciliares y, en especial, en los rituales litúrgicos.
8.35. En consecuencia, sefialan esos materiales la acción deI Espíritu San­to en e! misterio de Cristo: encarnación, muerte y resurrección; en la constitu­ción y misión de la Iglesia; en la remisión de los pecados; en los acontecimien­tos escatológicos: resurrección de los muertos y vida eterna; y en las epíclesis incorporadas a la celebración de los sacramentos y, en particular, en las Plega­rias Eucarísticas.

8.36. Téngase en cuenta que, a veces, se presenta erróneamente e! Espíritu Santo como una fuerza impersonal o como un puro símbolo de la vida nueva de los creyentes.
8.37. Afírmese que el Espíritu no es un puro y simple dou creado sino e! dou divino, en e! que Dios se da y comunica a sí mismo; y la fuente de las gra­cias y dones que e! mismo Espíritu reparte según quiere.

8.38. Analícese, por tanto, si se afirma expresamente la divinidad de! Espí­
ritu Santo, digno de recibir la misma adoración y gloria que el Padre y el Rijo.
8.39. Atiéndase también a que, en la exposición de este tema, no se oscu­rezca la distinción personal deI Espíritu Santo respecto aI Padre y ai Rijo en la unidad de! Dios vivo.

8.40. Recuérdese que e! Nuevo Testamento muestra que el Espíritu da tes­timonio de Cristo, asiste a los discípulos, ordena, prohibe, consuela, alienta, conforta y ora por nosotros, es decir, aparece como sujeto agente de determi­nadas acciones. Acúdase a este lenguaje para hacer ver que el Espíritu Santo es una Persona, como el Padre y el Rijo.

8.41. Cuídase que no se conciba el Espíritu de Dios como fuente de una re­velación nueva: El hace profundizar a los creyentes en los hechos y palabras de Jesús, llevándose así a la verdad plena.

8.42. Es cierto que Jesús resucitado y el Espíritu Santo actúan íntima e in­separablemente unidos en su acción de dar vida y guiar a la Iglesia y a la hu­manidad pero deben evitarse expresiones que inducen a identificar aI Espíritu con eI Sefior resucitado.

8.43. Es un hecho muy positivo haber recuperado que el Espíritu Santo es la Ley viva de la Nueva Alianza y reconocer que El conduce a los creyentes a la libertad interior pero se describe, a veces, esa libertad como una especie de es­pontaneidad, «instintiva», desvinculada de compromisos morales, de la obe­diencia y la cruz de Cristo, de las actitudes de servicio y caridad, y, en una pa­labra, de las exigencias objetivas de la vida cristiana.

d) CREACION Y SAL V ACION

8.44. La ensefianza de la Iglesia sobre la creación es una laguna frecuente en los materiales y libros catequéticos con lo que esto supone para la recta comprensión deI hombre y sus relaciones con Dios, para la fundamentación de la moral cristiana y para la comprensión de la justa autonomía de las realida­des temporales.

8.45. Procúrese que la acción creadora de Dios no se proponga como un mero principio filosófico abstracto y que, por el contrario, la profesión de Dios, creador del cielo y de la tierra, aparezca como una afirmación religiosa que despierte en el creyente la confianza de que toda la creación se sostiene en Dios, quien la llevará a la plenitud a la que El mismo la ha destinado.

8.46. En consecuencia, la verdad cristiana sobre la creación no se ha de presentar simplemente como una verdad que, separada de las demás, tiene consistencia en sí misma sino como algo que, de hecho, se ordena a la salva­ción traída por Jesucristo. La creación de todo lo visible y lo invisible; deI mun­do y de los ángeles, es el inicio de la historia de la salvación.
8.47. Téngase en cuenta que, hoy día, intentando exaltar la dignidad deI cuerpo humano, no faltan catequetas que silencian, en el hombre, la existencia de un elemento espiritual e inmortal que la Iglesia designa con «la palabra "al­ma", consagrada por el uso de la Sagrada Escritura y de la Tradición» (Congr. para la Doctrina de la Fe, «Carta sobre algunas cuestiones referidas a la escato­logía», n.O 3). De hecho, la inmensa mayoría de libros y materiales catequéti­cos, puede decirse que no emplean nunca la palabra «alma», olvidando la doc­trina de la Iglesia, según la cual «aunque ella no ignora que este término tiene en la Biblia diversas acepciones, piensa que no se da razón alguna válida para rechazarIo y juzga, aI mismo tiempo, que aquí se hace absolutamente indispen­sable una palabra para sostener la fe de los cristianos» (Ibidem.)

8.48. La ausencia de la Doctrina de la Iglesia sobre el pecado original es otra de las grandes lagunas. Si se habla de él, o bien se trasciende apenas la descripción y lenguaje dei relato deI Génesis; o bien, de manera ambigua, se reduce el pecado original a una alienación profunda, en la que todos los hombres nacemos situados, a causa de los pecados de toda la humanidad o «pecado deI mundo», sin referencia especial a una culpa que tuvo lugar en los orígenes de la historia humana. Falta por consiguiente, la afirmación de que el hombre, sin la salvación de Cristo, no puede salir, por sí mismo, de su situación de pecado ni evitar su muerte.

8.49. Los materiales hablan mucho de «los hombres nuevos» pero se hecha en falta, por lo general, una exposición, directa y clara, de la gracia de Dios por la que el hombre, incapaz de salvarse por sus propias fuerzas, es justificado deI pecado, interiormente renovado y recreado como hijo de Dios y fortalecido pa­ra hacer el bien.

8.50. También deben proponerse sin ambages las exigencias de la «vida nueva» en Cristo, las exigencias morales personales postuladas por el evangelio y las actitudes cristianas ante la vida y el mundo.

e) LA IGLESIA

8.51. La fundación de la Iglesia es presentada hoy, a veces, de manera par­cial y fragmentada. Unos la relacionan con la predicación y acción deI «1esús de la historia»; otros la sitúan sólo en el acontecimiento pascual de Pentecos­lés; otros la ven, únicamente, como un desarrollo puramente histórico y socio­lógico, aI margen de la voluntad y acción de Jesús.

8.52. Se oscurece, en ocasiones, que la Iglesia es, ante todo, un misterio de comunión, fruto deI amor de Dios a los hombres, en la que están presentes y actúan siempre el Selior resucitado y el Espíritu Santo que unen entre sí y con Dios a todos los creyentes.
8.53. También se desvirtúa la concepción de la Iglesia, como sacramento en Cristo de la unión con Dios y de todo el génera humano cuando se reduce el signo sacramental (sin referencia a Cristo y aI Espíritu), a la rectitud de vida, la acción e iniciativas apostólicas de los creyentes que forman la Iglesia visible, sujetos aI error y aI pecado.

8.54. Estos presupuestos conducen a la fuerte crítica que se hace de los pe­cados, defectos y errores de los miembras de la Iglesia en todos sus niveles y, especialmente, en el de la jerarquía. Libras y materiales catequéticos sencillos reflejan esta desafección respecto de la Iglesia que está en la raíz de indiferen­cias, receIos y rechazos frente a ella.

8.55. Algunos materiales no subrayan suficientemente ellugar único e in­comprable que tienen, en la Iglesia, los Apóstoles, elegidos y enviados por Cris­to: olvidan que Cristo no está presente en la Iglesia al margen deI testimonio y misión de los Apóstoles. Es muy importante que los instrumentos catequéticos destaquen que el ministerio apostólico y su continuidad en el ministerio ecle­sial es, en la Iglesia, signo y garantía de su fidelidad a los orígenes y a la comu­nión con el Selior resucitado.

8.55 bis. A veces se presenta una Iglesia en la cual, prácticamente, no hay cabida para el ministerio apostólico ordenado. Hay que subrayar que la Iglesia no es una sociedad entre iguales.

8.56. Algunos materiales, aI tratar de la Iglesia con vistas a su «renovación», pareceu identificarse con el grupo de discípulos que, pretendiendo volver al «Je­sós de la historia», dan su adhesión personal a la «causa de Jesús». Los puros y simples vínculos psico-afectivos de quienes constituyen el grupo se confunden con la comunión en el Espíritu. EI pequeno grupo cristiano, en ocasiones, pare­ce contraponerse a la Iglesia apostólica y a su Tradición y autoridad, entendién­dose, alguna vez, el ministerio eclesial como si fuese una delegación deI pueblo y un exponente que se limita a recoger la conciencia creyente común deI grupo.

8.57. En este aspecto, los materiales catequéticos apareceu como un refle­jo, a pequena escala, de tendencias que, viendo la historia de la Iglesia como un proceso de degradación y decadencia respecto a sus orígenes, tratan de «re­novaria» siguiendo la «causa» de Jesús y superando las hipotecas de la Iglesia histórica, provenientes de haber pactado con los poderes sucesivos, considera­dos como incompatibles con el Evangelio.
8.58. En relación con estas tendencias, hay que decir que la Iglesia es, sin duda, el grupo humano de discípulos que inspiran su conducta en Jesús de Na­zaret, recordando su palabra y reproduciendo, de forma actualizada, sus acti­tudes. Pero hay que decir también que no hay posibilidad de encuentro con lo que Jesús file y dijo sino mediante su palabra y sus sacramentos, transmitidos por el ministerio eclesial recibido de los Apóstoles. La fe en Cristo nos llega siempre a través de la Iglesia.

8.59. Las presentaciones de la Iglesia que, viendo a Jesús como un perso­naje ejemplar deI pasado, se desentienden de su presencia viva en ella, reducen la Iglesia a un simple grupo humano que se guía por su lectura subjetiva de la historia de Jesús o a una simple asociación religiosa encargada, a lo sumo, de prolongar su «causa». En consecuencia, la Iglesia dejaría de ser sacramento de Cristo en el mundo y el cristianismo no pasaría de ser una ideología religiosa o una religión más entre las muchas existentes o posibles.

8.60. Hay, por otra parte, catequesis nostálgicas que cultivan preferente­mente ciertas formas históricas y accidentales dei pasado sin convertirse a la normatividad de la Iglesia actual ni abrirse a las perspectivas siempre nuevas que lleva consigo la dimensión escatológica de la Iglesia.
8.61. Estas últimas tendencias catequéticas conciben, sobre todo, la Iglesia como una sociedad o institución que ofrece unos medi os objetivos de salvación personal y rehuyen la visión de la Iglesia como Pueblo de Dios que peregrina en la historia. Sin distinguir adecuadamente la Iglesia deI Reinado de Dios, consideran que, de algún modo, la Iglesia ha alcanzado la plenitud de su per­fección. También sou estas tendencias fuente de receios y críticas a la Iglesia visible e histórica.

8.62. En resumen: las eclesiologías de distinto signo que ofrecen algunos libros y materiales catequéticos conducen a visiones ajenas aI ser mismo de la Iglesia que parece, a veces, contemplada como resultado de nuevas iniciativas humanas y configurada simplemente conforme a leyes sociológicas.

8.62 bis. Con alguna frecuencia, se reducen los sacramentos a meros sig­nos, silenciando su eficiencia instrumental bajo la acción principal de Dios.

8.63. En algunos casos, se minusvalora o incluso se niega la completa sa­cramentalidad y legitimidad deI Bautismo de ninas, por la falta de fe personal y libre en esos bautizados.
8.64. Ciertas opiniones recogidas en catequesis preparatorias de la Confir­mación y en moniciones para su celebración, parecen pODer lo sustancial de aquel sacramento sólo en la «ratificación» personal y libre que, de su Bautis­mo, hacen los candidatos aI aceptar como suyos la fe y los compromisos bau­tismales que, en su infancia, Giros profesaron en su lugar. La aceptación libre de la fe, expresada públicamente en la Confirmación, vendría a subsanar la fal­ta de libertad con que recibieron el Bautismo quienes fueron bautizados antes de tener uso de razón. La Confirmación no es un sacramento para minorías se­lectas que está destinado a todos los creyentes y ha de considerarse en el con­texto de la iniciación cristiana. Para Giros aspectos de este sacramento, véase la Nota de la c.E. para la Doctrina de la Fe sobre «algunos aspectos doctrinales deI sacramento de la Confirmación».

8.65. Cuídese que no se silencie el aspecto sacrificial de la Eucaristía, redu­ciéndola simplemente a un banquete fraterno, expresión de la fe común o deI común amor de los participantes. Cuídese también que no se entienda la pala­bra «memorial» en eI sentido de un recuerdo meramente subjetivo.

8.66. Conviene fijar la atención en los materiales destinados a preparar la celebración deI sacramento de la Reconciliación y Penitencia. En algún caso, ni siquiera se menciona la confesión de los pecados. Los materiales han de ex­pODer con exactitud las diversas formas de celebrar sacramentalmente la Re­conciliación y hacer constar expresamente las condiciones exigi das para poder recibir la absolución colectiva. (Forma C).

f) ESCATOLOGIA

8.67. Se observa una importante laguna en lo que se refiere a las cuestio­nes escatológicas: muerte, juicio, infierno y gloria. Prácticamente ausentes en la mayoría de los instrumentos catequéticos, cuando se tratan, o bien se pre­sentan sin la necesaria actualización teológica o bien se proponen de una ma­Dera desvaída e imprecisa.

8.68. Para las catequesis que se cierran a la existencia, en el hombre, de un elemento espiritual e inmortal (ver n.O 8.48. de estas criterios), no muere el cuerpo sino el hombre entero. La vida después de la muerte parece entenderse como una re-creación total deI hombre, llevada a cabo por la omnipotencia de Dios: no hay en el hombre, en consecuencia, ningún principio, irreductible a la materia, llamado a la inmortalidad.

8.69. A veces, se habla deI infierno como de una simple llamada de alerta que Jesús hizo en su predicación con vistas a la conversión. Parece tratarse, piles, de una mera posibilidad real. No se afirma, en efecto, que el hombre es suficiente­mente libre como para negarse hasta el final aI perdón y aI amor salvador de Dios.
8.70. Algunos mate ri ales parecen identificar las realidades escatológicas con una utopía intrahistórica, es decir, con la construcción de una sociedad humana alternativa que consistiría en un mundo libre de frustraciones y alie­naciones que vendría a coincidir, en cierto modo, coo el Reino de Dios. En eI contexto de estos materiales, se muestra una concepción de la historia que marcha progresivamente y sin retrocesos.

g) ALGUNAS CUESTIONES MORALES

8.71. Conviene fijarse si, aI tratar la moral, se exponen coo precisión las cuestiones fundamentales: el fio último dei hombre, la verdad, la libertad, la responsabilidad, las normas morales, la conciencia, etc.

8.72. Es particularmente importante comprobar si se expone eI tema de las normas de conducta, inscritas en la naturaleza humana y valederas por sí mis­mas, haciendo ver que, sobre ellas, se basan la ulterior normatividad ética y los imperativos de la específica moral cristiana.

8.73. Obsérvese también eI tratamiento que se hace de la conciencia moral y de su relación coo las normas objetivas de conducta. Se aprecia, coo frecuen­cia, la tendencia a dar a la conciencia subjetiva una prioridad desmedida frente a la norma.

8.74. Ordinariamente, se habla poco de la necesidad de formarse una con­ciencia recta y pocas veces se dice que los católicos tenemos, para ello, una grau ayuda en el Magisterio autêntico de la Iglesia.
8.75. Coo mucha frecuencia, para fundamentar y calificar el comporta­miento ético, se recurre a la noción de opción fundamental que, bastantes ve­ces, oscurece la responsabilidad moral de los actos singulares. Falta claridad y exactitud aI establecer las relaciones entre opción fundamental, actitudes mo­rales y actos morales. En esta cuestión, no se suelen seguir los criterios de la Declaración «Persona humana» de la Congregación para la Doctrina de la Fe, n.O 10.

8.76. A veces, los materiales catequéticos adoptan la división dei pecado en mortal, grave y venial; o también, coo una formulación bastante desconcertan­te, en pecado mortal, pecado venial-grave y pecado venial-leve. EI pecado mor­tal se identifica coo el abandono de la opción fundamental que, tal como, en ocasiones, se describe, se reduciría prácticamente aI pecado de apostasía. Res­pecto a esta cuestión, no se tiene en cuenta la advertencia sobre la triple divi­sión dei pecado que se hace en la Exhortación Apostólica de Juan fabIo 11: «Reconciliatio et paenitentia», n.O 17.

8.77. A propósito de la gravedad deI pecado, se dice coo frecuencia signifi­cativa que no es sencillo saber si nuestros pecados soo mortales o veniales, gra­ves o leves. Lo más llamativo es que no se orienta a los destinatarios para que puedan resolver la situación confusa de su conciencia; bien mediante la bús­queda de consejo, sobre todo en el sacramento de la Penitencia; bien procuran­do adquirir un conocimiento más profundo de la doctrina moral de la Iglesia.

8.78. Cuídese que no se contrapongan una «moral de los mandamientos» y una «moral de las bienaventuranzas». Por el contrario, debe mostrarse la vi­gencia actual deI Decálogo que Cristo interiorizó, radicalizó y llevó a su consu­mación en eI doble mandamiento deI amor a Dios y aI prójimo y en las exigen­cias morales contenidas en el mensaje de las bienaventuranzas. Insístase en el carácter unitario de la ética cristiana que mantiene una continuidad real que va, desde las normas morales inscritas en el corazón deI hombre hasta los im­perativos más radicales de la vida cristiana.


8.79. AI tratar de la moral socioeconómica y política, procúrese que se in­corporen las principales ensenanzas de la doctrina social de la Iglesia y se ten­gan presentes los documentos de la Congregación para la Doctrina de la Fe so­bre la Libertad cristiana y la liberación «
8.80. En materia de moral sexual, examínese con cuidado lo que se refiere a las relaciones prematrimoniales y otros aspectos de la sexualidad humana, a la luz de la Declaración «Persona humana».

8.81. Cuídese también que, aI exponer la moral matrimonial se siga la do c­trina de «Humanae Vitae» sobre la contracepción y se trate de la licitud de los métodos naturales para la regulación de los nacimientos. Muchas veces, se alu­deu a las normas morales de la Iglesia en el campo de la moral matrimonial o se consideran determinados comportamientos de los cónyuges como un con­flicto objetivo de deberes, cuando en realidad no lo es, y en ocasiones, se apela a la conciencia subjetiva de los cónyuges, sin la debida formación adquirida desde la norma objetiva o en contradicción con la misma.

8.82. Por lo general, eI examen de los materiales catequéticos referentes a las cuestiones morales deja la impresión de una moral imprecisa, vaga, carente de la necesaria objetividad.

IH. ASPECTOS PEDAGOGICOS

9. Es fácil comprender que no todos los contenidos catequéticos se han de transmitir en las catequesis destinadas a los ninos. Se habrá, piles, de distri­buir la materia según los ninos avanzan en edad y adquieren una mayor capa­cidad de comprensión.
10. Los materiales han de ofrecer la respuesta cristiana a los problemas, in­quietudes e interrogantes de los catequizandos. AI mismo tiempo por estar des­tinados a edificar la comunidad de fe, han de transmitir el contenido integral de la fe y mantener aquella comunidad de lenguaje que viene exigi da por los documentos de la fe y los catecismos oficiales.

11. Procúrese expresar la fe y la moral cristiana en expresión ordenada, sistemática y jerarquizada de verdades y no como un conjunto de verdades situadas en un mismo plano. La Iglesia reconoce que existe «un orden o je­rarquías de verdades de la doctrina católica, por ser diversa su conexión con el fundamento de la fe cristiana» (UR 11); lo cual «no significa que algunas verdades pertenezcan a la fe menos que otras, sino que algunas verdades se sustentan en otras, que sou más principales, y por dIas sou iluminadas» (DCG 43).

12. Los instrumentos catequéticos habrán de redactarse en un lenguaje asequible a los hombres de nuestra cultura, teniendo presente, sin embargo, que el Evangelio ha llegado hasta nosotros a través de relatos y fórmulas trans­mitidos en un lenguaje acufíado y fijo. Corresponde a la catequesis, en todo ca­so, explicar, coando sea necesario, el sentido de ese lenguaje.
13. Cuídese de no reducir la catequesis a una mera ensefíanza de fórmulas. Los documentos de la fe se nos entregan en una tradición viva y han de ser re­cibidos desde la experiencia y comprensión que tiene el hombre de sí mismo y de su entorno.

14. La experiencia humana entra en el proceso catequético por derecho propio. Por ello, los materiales han de superar la falsa dicotomía: «catequesis vivencia!» o «catequesis doctrina!». Ha de procurarse, no obstante, que el men­saje catequético no se presente como mero resultado o prolongación de las ex­periencias humanas o que, en el proceso catequético, no se Cliente, por princi­pio, con la experiencia cristiana y eclesial que los destinatarios ya han podido adquirir.
15. Es importante analizar la inspiración pedagógica de falido que presen­tan los libras y materiales y tratar de discernir si es o no adecuada para la transmisión de la fe y para la pedagogía religiosa cristiana. La acumulación, por ejemplo, de técnicas y dinámicas pueden delimitar mocho la presentación directa del mensaje cristiano. Corre el riesgo de desvirtuar este mismo mensaje el empleo sistemático de técnicas que intentan que el grupo de catequizandos exprese, creativamente, «su fe».

16. Conviene hacer notar que el carácter gratuito de la iniciativa divina si­túa a la acción catequética haja el signo de una pedagogía de la gracia o deI dono La primera característica de toda pedagogía catequética, inspirada en la pedagogía divina, es la referencia constante a la acción deI Espíritu, Maestro interior que actúa en la intimidad de la conciencia y deI corazón.

17. Subráyese que la pedagogía catequética es respetuosa con el proceso personal de fe de cada catequizando, con su ritmo propio y su particular itine­rario. EI mensaje cristiano ha de acomodarse a la capacidad deI sujeto así co­mo aI compromiso de la fe en la que Dios nos pid_ a todos las mismas cosas ni aI mismo tiempo.
18. Es importante cuidar la tipografia e ilustración de los materiales cate­quéticos.

Madrid, 20 de noviembre de 1992

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Trabalho da semana!

Ver e registar os «materiais» que conhece sobre catequese de adultos e catalogá-los de acordo com a sua missão.

As apontamentos da última aula

Recommencer dans la foi

André Fossion s.j.
Professeur au Centre International Lumen Vitae

Nos pays de vieille chrétienté ont connu des moments de grands bouleversements politiques ou de créativité intense sur le plan philosophique ou scientifique qui ont provoqué des mouvements d’émancipation religieuse voire de libération de la foi chrétienne elle-même. Cette tendance travaille toujours en profondeur notre société. Elle s’est même considérablement intensifiée depuis une quarantaine d’années au point que les sociologues y voient une véritable « déconstruction » du religieux ou, du moins, d’un certain ordre religieux.
Or voici qu’apparaît aujourd’hui, à l’intérieur de ce contexte, un phénomène nouveau, peut-être particulièrement significatif. Nous voulons parler de tous ceux et celles qui, de-ci de-là, de plus en plus nombreux, reprennent, après l’avoir quittée, un chemin de « recommencement » dans la foi .
Le terme « recommencer » n’est sans doute pas le meilleur pour signifier ce qui est ici en jeu, mais adoptons-le néanmoins : c’est l’expression que les personnes concernées, pourtant très diverses, utilisent spontanément le plus souvent pour désigner leur démarche. Mais qui sont ces « recommençants » ? Ce sont des baptisés. Leur vie a donc été marquée à l’origine par un certain rapport au christianisme. Les uns, peu ou mal catéchisés, ont toujours vécu assez éloignés de la foi et des pratiques chrétiennes. D’autres, au contraire, ont dénoué eux-mêmes leurs liens avec l’Eglise pour de multiples raisons, bonnes ou mauvaises. Pour certains, ce fut par paresse, par négligence ou par conformisme avec le milieu ambiant. Mais pour d’autres, cette distance fut prise de manière délibérée parce que l’Eglise leur paraissait tantôt trop dure, tantôt trop intolérante, tantôt insuffisamment respectueuse des diversités culturelles ou des exigences de la raison.
Ce qui est commun à toutes ces personnes, malgré leur diversité, c’est que « recommencer dans la foi » ne signifie nullement « revenir en arrière ». Il ne s’agit pas, en effet, pour elles, de reprendre, après un temps d’errance, un parcours religieux là où elles l’auraient laissé. Pour les « recommençants », il s’agit, bien plutôt, d’aller de l’avant, d’assumer toute leur histoire avec ce qu’elle comporte d’expériences, de joies et de peines, de convictions et de doutes, pour « recommencer à croire », mais autrement, sur d’autres bases, avec une fraîcheur, une intelligence et une liberté nouvelles. Ainsi, s’ils veulent recommencer à croire, c’est en particulier avec le souci de comprendre. Comprendre, tout d’abord, leur propre histoire, la relire, la retraverser en quelque sorte pour reprendre l’initiative et éventuellement la réorienter. Comprendre aussi la foi, réfléchir à la manière dont ils l’ont vécue jadis et aux motifs qui les ont conduits à s’en éloigner. Mais, surtout, chercher les raisons qui pourraient les en rapprocher à nouveau. Ainsi, les recommençants aspirent-ils à une saisie nouvelle et exigeante de la foi qui puisse rejoindre leur recherche de sens et nourrir leur vie d’adultes dans l’engagement et la responsabilité. Ce qu’ils demandent, à cet égard, c’est de rencontrer des propositions de foi justes, cohérentes et pertinentes qu’ils éprouvent comme salutaires pour la vie et leur permettent, par le fait même, de prendre congé, sans états d’âme, de certaines autres représentations religieuses stériles, voire aliénantes, qui furent jadis les leurs. Le recommencement dans la foi apparaît, de ce point de vue, comme une véritable reconstruction faite d’abandons et de rejets mais surtout de découvertes, d’apprentissages et même, pourrait-on dire, de séduction nouvelle.
La plupart du temps, la démarche des « recommençants » dans la foi est empreinte de gravité et, simultanément, de légèreté. Gravité, car ce sont souvent des événements importants qui sont l’occasion d’une remise en question : une épreuve, une maladie, un deuil, une séparation, un déménagement, un changement de situation professionnelle, une rencontre amoureuse, une naissance, etc. Autant d’événements qui touchent à l’identité personnelle profonde. Qui suis-je ? Qu’est-ce que je veux devenir à mes propres yeux, au regard des autres, face à ma mort ? De quelle gratitude suis-je animé(e) ? Quel héritage transmettre à mes enfants ? Quel lignage, tradition et appartenance leur offrir ? De quelles convictions vivre et témoigner devant eux ? Gravité, donc. Mais aussi légèreté. Les recommençants manifestent un grand calme dans leur recherche. Ils avancent sur les chemins nouveaux de la foi, avec détermination, sereinement, sans avoir rien à perdre, sans se presser, à leur rythme, dans un espace de gratuité fondamentale où l’enjeu est d’accéder à une plus grande profondeur, vérité et qualité de vie. Leur expérience, c’est d’éprouver l’Evangile comme lourd de sens et, à la fois, léger à porter.
Pour notre société, ces recommençants dans la foi sont en quelque sorte une parabole de ce qui est en train de lui advenir. Ils sont le signe du fait que, quelles que soient nos appartenances d’origine, nous sommes redevenus, tous et toutes, au plus intime de nous-mêmes, des nomades : c’est-à-dire des personnes dont les parcours ne sont pas tracés à l’avance, qui connaissent des moments, parfois longuement réfléchis, souvent imprévisibles pour l’entourage, de réorientation de vie et de conversion. Entendons ce mot au sens large : se convertir, c’est littéralement «changer de direction et se tourner vers ». A cet égard, notre époque remet heureusement du jeu ; elle donne du champ libre à la transhumance intérieure, à la liberté de se mouvoir, d’aller et de venir, de se reprendre, de commencer ou de recommencer. Les institutions idéologiquement marquées – qu’elles soient d’ordre politique, social ou culturel – gardent toute leur raison d’être. Elles font vivre, en effet, des traditions diverses qui honorent la démocratie et l’enrichissent. Les individus peuvent s’appuyer sur elles pour se situer socialement, pour s’insérer dans une tradition, pour agir et poursuivre des projets. Toutefois, il faut reconnaître que ces institutions sont aujourd’hui devenues poreuses ; elles sont en quelque sorte relativisées par l’émergence de sujets qui ne s’y laissent pas enfermer, mais se donnent la liberté de penser par eux-mêmes, de se mouvoir hors des sentiers battus et de créer leurs propres réseaux d’affinité et d’appartenance.
Le phénomène des recommençants indique aussi que, dans une Europe fatiguée d’avoir été chrétienne, la foi peut retrouver aujourd’hui une pertinence nouvelle, inattendue. Au-delà des stéréotypes et en dehors de tout sentiment d’inféodation cléricale, leur expérience, en tout cas, est d’éprouver de manière neuve la puissance d’humanisation que recèle la foi chrétienne aussi bien au niveau individuel que collectif.
Quant à l’Eglise, ce qu’elle apprend des recommençants, c’est l’humilité. Un nouveau croyant ou un recommençant dans la foi, en effet, sera toujours pour elle une surprise. Car l’adhésion d’une personne à l’Evangile n’est jamais un objet de conquête ou un résultat obtenu par la force. Le lieu même où (re)naît la foi n’est au pouvoir de personne. L’Evangile lui-même parle, d’ailleurs, de semailles et de graine qui pousse sans que l’on sache comment. Point n’est besoin donc d’une évangélisation tapageuse ou conquérante. L’attitude juste pour l’Eglise consiste à se mettre au service : service de la mémoire en mettant à la disposition de tous les richesses de sa tradition ; service de l’intelligence par un dialogue critique et bienveillant où les uns et les autres échangent leurs convictions, leurs doutes et leurs désirs, en remettant ainsi du jeu dans leur propre histoire ; service de la liberté, enfin, qui ne se divise pas. Il n’en faut pas davantage. Nos contemporains seront bien capables de discerner par eux-même ce qui les fait vivre.






Catéchèse et évangélisation des adultes en Italie

Par Enzo Biemmi[1]

J’avoue que lorsque l’on m’a contacté, me demandant de présenter à ce Congrès “un témoignage sur des expériences intéressantes et novatrices dans la catéchèse des adultes”, je suis resté embarrassé. Je travaille dans le secteur de la catéchèse des adultes depuis plus de dix ans au niveau national, et je dois dire en toute franchise qu’on peut trouver, en Italie, des expériences intéressantes, mais pas vraiment novatrices. Cela d’ailleurs ne surprendra personne. La catéchèse des adultes est un point sensible et révélateur de la difficulté actuelle pour la communauté ecclésiale d’annoncer l’évangile de façon significative dans le contexte culturel présent: on dirait que l’Eglise ne trouve plus les mots pour dire la nouveauté de l’évangile à l’homme contemporain.

Tout d’abord deux courtes prémisses indispensables:

a) La première concerne la distinction entre les formes de catéchèse des adultes et celles d’évangélisation. Par catéchèse des adules, j’entends toutes ces formes d’intervention qui visent à la formation des personnes adultes appartenant déjà à la communauté chrétienne. Par “évangélisation” j’entends les formes de première annonce adressées à des adultes non baptisés ou qui doivent être initiés à nouveau à la foi. Même si, pour des raisons évidentes, les confins entre les deux domaines ne sont plus tellement nets, cette distinction est nécessaire; elle permet une première constatation: en Italie les expériences en cours regardent surtout la catéchèse des adultes, non l’évangélisation au sens strict.

b) La seconde prémisse concerne l’évangélisation. Les initiatives plus marquantes et efficaces dans le domaine de l’évangélisation des adultes sont le fait, en Italie, des mouvements (particulièrement le Renouveau, les Focolari, le Néocatéchuménat, les Cursillos, et en partie Communion et Libération). De fait, ces mouvements se révèlent capables d’approcher et de remettre en route des personnes éloignées de l’évangile et de l’Eglise, tandis que les canaux officiels (paroissiaux, diocésains, nationaux) se limitent à la catéchèse traditionnelle. Les mouvements présentent actuellement en Italie les expériences de première évangélisation apparemment les plus efficaces et, en même temps, les plus problématiques d’évangélisation des adultes.
La difficulté de trouver des estimations et le caractère problématique de ces expériences, non encore sérieusement étudiées, m’a ôté pratiquement la possibilité de vous en parler de façon correcte et documentée.
Je vous présenterai donc les expériences qui se font dans les diocèses et dans la catéchèse italienne “ officielle ”.
Je présenterai d’abord les intentions qui guident l’Eglise italienne, du Concile à nos jours, à propos de notre thème; je ferai ressortir l’écart existant entre les intentions et les réalisations; je signalerai les expériences les plus significatives et conclurai en vous présentant une expérience personnelle qui s’assimile au rêve.



1. Les intentions

A partir des années 70, on a assisté dans l’Eglise italienne à la naissance et à l’affermissement progressif de la conviction qu’au centre de l’oeuvre d’évangélisation et de la catéchèse il faut placer l’annonce de l’Evangile aux adultes. On doit reconnaître que le thème de la catéchèse des adultes a été réellement au centre des débats et des préoccupations de l’Eglise italienne.
En 1970, le Document Base de la catéchèse italienne, “Il rinnovamento della catechesi”, avait indiqué les adultes comme “les destinataires au sens le plus plein du message chrétien” (D.B. 124). Il avait ainsi précédé l’affirmation courageuse du Directoire Catéchétique Général de 1971: “La catéchèse des adultes, en tant qu’adressée à des personnes capables d’une adhésion et d’un engagement vraiment responsables, doit être considérée comme la forme principale de la catéchèse”.
Sur cette lancée, il y a eu des moments significatifs de conscientisation: le Congrès national des catéchistes de 1988 (avec la remise de la part des Evêques, du Document Base et de sa lettre de présentation[2]); le Congrès des catéchistes de novembre 1992, sur le thème “Adultes dans la foi, témoins de la charité” (qui a conduit à la constitution, dans chaque diocèse, d’une équipe diocésaine pour la catéchèse des adultes); l’édition définitive en 1995 du Catéchisme des adultes “La Vérité vous rendra libres”(qui propose à nouveau avec force aux communautés italiennes le devoir prioritaire de “dire Dieu” aux italiens et aux italiennes adultes). La dernière étape de cette conscientisation est marquée par la relance du catéchuménat des adultes, avec l’urgence de l’assurer dans chaque église locale.
Mais ce qui est ressorti de plus significatif de l’apparition d’une nouvelle conscience, c’est le changement de perspective à l’intérieur même du projet catéchétique italien et de la rédaction des catéchismes. La Conférence Episcopale italienne a promu et effectivement produit l’édition d’un catéchisme pour les différents âges (un pour les petits, trois pour la section enfants, un pour les adolescents, un pour les jeunes et un pour les adultes, au total huit catéchismes).
La comparaison entre la première rédaction (ad experimentum) et la définitive, montre avec clarté le changement. Si pendant la phase d’exprimentation (1970-1984), le premier catéchisme était celui des enfants et le dernier celui des adultes, dans l’édition définitive, la position est inversée: le premier catéchisme est celui des adultes (La Vérité vous rendra libres); viennent ensuite celui des jeunes et ceux des enfants. La catéchèse des enfants, en vue des sacrements de l’initiation chrétienne, est située comme le résultat et la conséquence d’une communauté adulte qui accueille et vit l’évangile. Le changement est important au niveau symbolique: tombe une pratique qui dure depuis 500 ans et on invite à reproduire la logique d’évangélisation propre des communautés des premiers siècles. Au niveau des intentions, la catéchèse des adultes devient, dans nos communautés italiennes “la forme principale de catéchèse”.

2. L’écart

Mais qu’en est-il réellement de tout cela dans la pratique, dans les communautés paroissiales italiennes? Nous disposons, au niveau national, de deux intéressantes enquêtes, l’une de 1989 (dont les données ont été publiées en 1990) et une autre plus récente (1995), lancée par l’Université Pontificale Salésienne[3].

- La première donnée qui apparaît dans l’enquête de 1989 est la constatation que, à partir de 1970, l’engagement dépensé dans la catéchèse des adultes a été grand. Simultanément, ressortent des réponses parvenues trois grandes limites:
a) Les expériences de catéchèses des adultes recensées s’adressent presque exclusivement aux chrétiens qui sont déjà dans l’Eglise. Il semble qu’il y ait une incapacité chronique de la l’action catéchétique actuelle à s’adresser à ceux qui sont “au loin” ou “dehors”.

b) Les adultes qui, dans les paroisses ou dans les mouvements, participent à la catéchèse sont une minorité, composée de croyants et de pratiquants, en majorité des femmes, de l’âge moyen et au-dessus.

c) Beaucoup d’expériences de catéchèses des adultes répondent encore à une vision notionnelle de la foi et les catéchistes d’adultes (prêtres ou laïcs) semblent plus préoccupés de la transmission d’un savoir de la foi dans son ensemble, que de sa signification pour les destinataires. En conséquence, la méthode est celle de l’enseignement par exposés.
- Un second aspect regarde directement les catéchistes des adultes. L’enquête de l’Université Salésienne révèle les données suivantes, pour ce qui concerne les catéchistes des diverses tranches d’âges:


TABLEAU DE LA DISTRIBUTION DES ENERGIES CATECHISTIQUES EN ITALIE (catéchistes dans le pays: environ 300.000)

1982
1993
enfants des classes élémentaires
68,5%
61%
enfants des “medie inferiori” (collège)
28,5%
30,2%
adolescents de 14-17 ans
9,3%
9,7%
jeunes de 18-24 ans
3,3%
4,5%
adultes en général
3%
4,2%


L’écart entre la pratique et les intentions s’impose de lui-même: la catéchèse italienne apparaît substantiellement infantile (puérocentriste) et à finalité sacramentelle. Les énergies catéchistiques italiennes sont en grande partie très nombreuses pour l’enfance (plus de 270.000 pour l’initiation chrétienne). Les catéchistes des adultes sont guère plus de 4% (12.000) et dans ce nombre sont compris les prêtres et les catéchistes des mouvements.

3. - Les réalisations plus significatives
A - Les formes de catéchèse des adultes

Les formes de catéchèse des adultes peuvent être facilement cataloguées :

1. Catéchèse pour les parents dont les enfants doivent recevoir les sacrements de l’initiation chrétienne (baptême, première communion, confirmation).
2. Catéchèse se rapportant à la vie en couple (cours pour fiancés et groupes d’époux)
3. Catéchèse dans les “centres d ‘écoute”
4. Catéchèse pour le peuple
5. Catéchèse de groupes bibliques
6. Catéchèse des mouvements
7. Catéchèse des associations (Action catholique, AGESCI).

C’est une donnée générale en Italie: les formes de catéchèse des adultes plus répandues et qui regroupent le plus grand nombre d’adultes sont, et par ordre, les trois premières indiquées.

a) La catéchèse des parents à l’occasion des sacrements de leurs enfants.

Il n’existe pas de paroisses où ne se tiennent au moins quelques rencontres de catéchèse avec les parents des enfants à baptiser, à confirmer ou se préparant à la communion. La moyenne italienne pourrait être de trois rencontres pour le sacrement de baptême (ayant lieu habituellement dans la famille); 3-4 pour la première communion; 4-5 pour la confirmation. Il s’agit de la forme de catéchèse qui groupe le plus gand nombre d’adultes, dont certains n’ont de contact avec l’Eglise que dans ces circonstances, pour les mariages et les funérailles. Selon une enquête que j’ai faite moi-même, elle semble être aussi la forme de catéchèse la moins soignée et la plus répétitive: elle est donc une excellente occasion peu valorisée. Mais augmente le nombre des expériences qui voient la participation des parents arriver à un niveau de forte intensité et d’efficacité. Là où ces expériences deviennent des lieux d’une véritable annonce de l’évangile, on respecte toujours ces trois attentions:

a) La demande extérieure du sacrement est accueillie et valorisée, sans culpabiliser les attentes qui peuvent paraître superficielles. Cet accueil est le point de départ pour une vraie négociation avec les parents, pour une juste entente qui tienne compte de leur démarche et de la réalité du sacrement qu’ils demandent pour leur enfant[4].

b) La deuxième étape est la découverte de ce qui est en jeu pour leur enfant. Un pas est franchi quand on réussit à réveiller l’intérêt pour le développement éducatif, humain et chrétien des enfants. Ce passage n’est pas difficile. Il suffit de mettre au centre, pour un moment, l’enfant, son monde spirituel, la richesse de son intériorité, la fraîcheur de sa religiosité. Les enfants, si on les écoute, sont capables de provoquer la stupeur des adultes.

c) L’aboutissement de la démarche est la remise en question de soi-même (réouverture de la recherche de foi). Le changement d’orientation se produit quand l’attention se déplace des enfants aux parents, quand on comprend que le problème central, même en fonction des enfants, consiste dans l’approfondissement de la foi de la part des adultes. A partir de ce moment, le sujet du processus n’est plus l’enfant, mais l’adulte. Le passage est souvent imperceptible et l’enfant devient le vrai ”passeur”, le vrai catéchiste. Du rite à l’enfant, de l’enfant à l’adulte.
De nombreuses paroisses ont constitué de vrais et propres itinéraires de catéchèse avec les parents, qui s’éloignent rapidement de la préoccupation sacramentelle, et deviennent de vrais chemins de réévangélisation.

b) La catéchèse pour la vie de couple

En Italie, pour qui veut recevoir le sacrement de mariage, sont obligatoires les ”cours pour fiancés”. Les cours traditionnels qui envisagent les thèmes relatifs au couple et au sacrement, se transforment, en différents endroits, en “parcours” (des cours aux parcours) de foi, qui mettent ces jeunes couples sur la voie d’une demande de foi. L’élément sur lequel on peut s’appuyer est la demande latente en chaque couple: ”Cet amour réussira-t-il?”. A cette demande, l’évangile peut donner sa belle (bonne) nouvelle.
Beaucoup de paroisses et de diocèses ont élaboré des itinéraires de formation pour les couples de fiancés, respectueux, accueillants, “propositifs”, engageants. Le cas n’est pas rare que des cours bien menés naissent des groupes d’époux qui continuent leur formation chrétienne et s’engagent dans la communauté.

c) L’évangélisation des adultes dans les “centres d’écoute”.

Je m’arrêterai un peu plus sur cette expérience qui prend le nom de “centre d’écoute”; c’est en Italie la forme la plus originale de catéchèse des adultes et elle est en expansion. Par “ centres d’écoute ”, on entend ces groupes d’adultes qui se retrouvent dans les maisons pour réfléchir sur la foi. En général, la paroisse est divisée en zones; dans chaque zone sont repérés certains “centres”; pour chaque centre, on cherche une famille d’accueil et un animateur qui dirige la rencontre. Les groupes sont constitués de dix à quinze personnes en moyenne.
Les “Centres d’écoute” sont nés en Italie dans les années 70. Comme aucune étude n’a été faite sur leur origine et leur développement, il est difficile de comprendre comment ils sont nés et qui en est l’inventeur. On avance l’hypothèse qu’il y ait eu à leur origine le modèle des “communautés de base” latino-américaines, adapté ensuite dans certaines régions d’Italie; que certains prêtres missionnaires revenus dans leurs diocèses ont pu y contribuer. Une seconde “matrice” d’origine, plus ancienne celle-là, ce sont les “missions paroissiales” qui promeuvent ces groupes durant la période de la mission, avec l’invitation de les continuer dans la pastorale ordinaire.
Leur originalité et leur valeur peuvent être précisées en trois aspects fondamentaux.

Le lieu: la maison

- La maison est le lieu de vie et de réunion des gens: là se regroupent des personnes qui ne viendraient jamais en paroisse.
- La maison est le lieu où on rencontre la vie, les problèmes, les relations, les joies et les difficultés, les naissances et les deuils, la santé et la maladie. Se retrouver dans une maison, amène normalement à parler du vécu. On ne peut pas parler à la maison d’une foi en dehors de la vie.
- La maison est le lieu naturel de communication entre les personnes. Se rencontrer dans une maison est tout de suite une invitation à prendre la parole, à dialoguer. A la maison il n’y pas celui qui enseigne et celui qui écoute, même si des rôles y sont différents. A la maison tous parlent.
- La maison demande un groupe “primaire”, petit, auquel on peut s’identifier, non structuré: un groupe basé sur des relations et non sur des structures.
La première valeur des “centres d’écoute” est d’avoir opéré une décentralisation de la catéchèse et en dernière analyse de l’Eglise. La paroisse redevient une communauté de familles, et non seulement un édifice et des structures.

La méthode de conduction: la participation

Les méthodes de conduction d’un “centre d’écoute” offrent des variantes, mais elles ont toutes, par nature, une caractéristique commune: elles sont conçues sur un style de participation. Il n’est pas possible, dans une maison, de donner une conférence demandant ensuite aux présents ce qu’ils en pensent.
Dans un contexte culturel d’isolement, de solitude, de non-communication, les “centre d’écoute” offrent une réponse à un besoin (inné dans la foi) de revenir à la communication et de communiquer autour de ce qui nous fait vivre: notre vie et notre foi.

Le contenu: expérience et Parole

Le contenu des “ centres d’écoute ” relie toujours l’expérience des participants à la Parole de Dieu. On choisit des textes bibliques, en général liés aux temps liturgiques (Avent, Carême). On cherche à établir une corrélation entre le texte et le vécu des participants, aidés par quelques fiches de travail. Les “centres d’écoute” libèrent l’annonce de l’appréhension devant la sacramentalisation et obligent à se confronter continuellement avec la vie. La préoccupation de transmettre une doctrine se heurte à la vie et l’on est obligé de reformuler son propre langage.
Les limitations que cette forme de catéchèse manifeste en Italie sont indéniables (elle peine à rejoindre ceux qui sont loin de l’église; elle n’est pas suivie par les jeunes; elle tend à se fermer sur le cercle étroit des participants; l’approche de la Parole est souvent superficiel, avec le risque d’une “lecture miroir”). Néanmoins, dans beaucoup de diocèses italiens, elle est devenue une des formes les plus originales et efficaces d’évangélisation des adultes et semble devoir rester la forme la plus simple et la plus accessible pour encore beaucoup de temps. Elle est un moyen exceptionnel et réévangélisation de nos communautés. L’occasion du Jubilé et les missions populaires qui se répandent, font développer toujours mieux cette forme de catéchèse.
B - Trois bons indicateurs

Ces trois formes de catéchèse des adultes plus répandues en Italie, doivent être considérées non seulement par unité, mais dans leur ensemble. Elles constituent en effet trois bons indicateurs pour le futur.
Les adultes répondent quand sont pris en considération leurs besoins fondamentaux de vie: leur rôle (de mères, de papas), les relations de couples (comme expérience humaine fondamentale) et le besoin de communiquer, à l’intérieur d’un contexte dans lequel les moyens de communication sont toujours plus accessibles, disponibles et efficaces et la communication inter-humaine profonde toujours plus difficile.

Lorsque les adultes sont pris en considération sur cette base de l’“utilité” (relative à leurs rôles éducatifs, au besoin de relation, au besoin d’intériorité et de sens), ils sont disponibles à se laisser engager, et ils apprécient la beauté et le don de l’Evangile.
C’est pourquoi, peuvent porter des fruits les formes de catéchèse qui respectent les conditions suivantes:

- elles mettent au centre la Parole de Dieu, comme une parole offerte à des auditeurs qui deviennent tout de suite des interlocuteurs ;
- elles portent plus d’attention aux rapports qu’aux organisations;
- elles proposent sur le mode narratif plus que sur celui de l’argumentation et de la démonstration (elles incitent aux récits plus qu’aux explications).

Ce sont vraiment ces indications nées de l’expérience qui sont en train de déplacer l’axe d’intérêt de la catéchèse au sens strict vers l’évangélisation: c’est-à-dire qu’elles confèrent à la catéchèse, son caractère imprescriptible de première annonce.

4. - Le rêve

Il m’a été aussi demandé de donner mon témoignage personnel; sur la base des dix années à temps complet pour la catéchèse des adultes en Italie. J’entends donc bien conclure sur ce versant de l’évangélisation.
Depuis dix ans je coordonne une équipe diocésaine de 25 personnes au service de la catéchèse des adultes: nous avons étudié, mis en oeuvre et constamment vérifié un plan de formation des adultes qui prévoit in itinéraire de 10 ans de catéchèse des adultes basée sur la parole de Dieu. Le choix a été de découvrir la foi non à travers l’itinéraire systématique d’un catéchisme mais à travers des textes du Nouveau Testament qui visitent les principales étapes de l’adhésion à la foi, l’appartenance à la communauté, la réponse cohérente de la vie, l’engagement missionnaire.
Dans ces années nous avons touché, avec cette forme de catéchèse, environ 1200 adultes par an avec en plus un effet en cascade: les catéchèses vécues dans les centres sont répétées dans les diverses paroisses, formant un écho beaucoup plus large que celui que nous pouvons estimer. Les effets sur les participants sont positifs: redécouverte de la parole de Dieu, de la liturgie, de plus de lumière dans la vie quotidienne. Nous nous sommes aussi aperçus d’un fait déjà prévu: à ces formes de catéchèse, ont participé en grande partie des personnes appartenant à la communauté chrétienne et avec une bonne sensibilité religieuse.

C’est pourquoi nous avons décidé de mettre en route, depuis un an, une nouvelle équipe, composée de personnes complètement diverses, par rapport à la précédente. Il s’agit de personnes ayant une sensibilité très différente et situées en général “à la périphérie” des milieux ecclésiastiques institutionnels. Actuellement elles sont 10, parmi lesquelles: une femme engagée dans l’accompagnement des gens du voyage, un expert cinématographique, un poète, un prêtre spécialisé dans l’art des marionnettes, un sociologue ex-prêtre, deux pères de famille, un psychologue, une femme experte dans la formation et engagée dans le domaine social.

Le projet que nous développons vise à promouvoir des formes d’évangélisation des adultes sous des modes et dans des langages non traditionnels, tout à fait exempts de préoccupations ecclésiales/ecclésiastiques. sans devoir rendre compte à personne des résultats, car il s’agit d’un terrain d’expérimentation. Nous avons commencé, en préparation ou déjà en actes, les essais suivants:

a) L’autobiographie comme formation. A des adultes qui ont des “comptes ouverts” avec l’Eglise ou avec Dieu (divorcés, gens loin de l’Eglise ...) nous proposons un groupe qui puisse se raconter, qui raconte ses propres adversités: regarder leurs autobiographies, en les aidant à lire à l’intérieur de leur histoire “des histoires de salut’.

b) L’art comme ouverture à la foi. Avec des personnes loin de l’Eglise, on propose une redécouverte du patrimoine artistique chrétien et, à travers celui-ci, on les aide à se poser la question de la foi.

c) Le langage du théâtre et celui du récit. Quelques essais sont déjà en action, en particulier avec des parents dont les enfants se préparent à la première communion. Ces adultes sont aidés à raconter Dieu à leurs enfants, à travers les récits de l’Ancien et du Nouveau Testament. Après l’expérience du récit à leur propres enfants, il peuvent dire ce que le récit a provoqué en eux.

Le groupe qui a pris le nom de “laboratoire de première évangélisation”, termine actuellement “la carte de l’évangélisation”, c’est-à-dire l’ensemble des critères à observer dans les expérimentations pour une évangélisation devant éviter toute forme de prosélytisme. Les membres de l’équipe ont à ce sujet une antenne très sensible et sont allergiques à tout type de manipulation des personnes, des langages, des relations. Ces critères servent de guide pour les expérimentations et de grille de vérification pour les évaluer.
Quelques expérimentations sont déjà en cours, d’autres démarreront en septembre. Chaque expérience, limitée dans le temps, sera rapportée en équipe et par elle vérifiée.
Cette équipe devient pour nous, et pour moi en particulier, le domaine du rêve. Nous expérimentons la liberté de pouvoir agir sans être conditionnés par des attentes ecclésiales ou personnelles, dans la gratuité de ce que chacun est, sans objectifs de résultats, dans la conviction que l’Evangile a déjà en lui-même la capacité de montrer sa valeur.
De cette façon, le diocèse de Vérone continuera avec son équipe de 25 personnes son devoir de catéchèse des “appartenants” et se lance à tenter, avec liberté et joie, des propositions d’annonce en dehors des formules et des schémas traditionnels, mais attentives aussi, autant qu’il est possible, à éviter les risques des formes d’évangélisation appliquées dans certains mouvements ecclésiaux.



Extrait de la revue Lumen Vitae, Devenir chrétien, n°1, 2001, pp.29-40
[1] Enzo Biemmi, frère de la Congrégation des Frères de la Sainte-Famille, docteur en théologie, spécialiste en sciences catéchétiques, est actuellement directeur de l’Institut Supérieur de Sciences Religieuses de Vérone (Italie). Il dirige notamment une collection Itinéraires de catéchèses des adultes (Editions, EDB) depuis 1994.
[2] - “Ciò comporta la scelta pastorale comune e prioritaria per una sistematica, capillare e organica catechesi degli adulti, proprio perché “gli adulti sono in senso più pieno i destinatari del messaggio cristiano”” (CEI, Lettera dei Vescovi per la riconsegna del testo “Il rinnovamento della catechesi”, n.8).
[3] - L’enquête a été promue par l’Institut Catéchétique de l'Université Salésienne dans les années 1993-1995. Les résultats ont été publiés en: MORANTE Giuseppe, I Catechisti parrocchiali in Italia nei primi anni '90. Ricerca so­cio-religiosa, LDC, Torino 1996.
[4] - ALBERICH, BINZ, Forme e modelli di catechesi con gli adulti, LDC, 1995, p. 104.
Enzo Biemmi, frère de la Congrégation des Frères de la Saint-Famille, docteur en théologie, spécialiste en sciences catéchétiques, est directeur de l’Institut Supérieur de Sciences Religieuses de Vérone. Il dirige notamment une collection Itinéraires de catéchèses des adultes (EDB).
- BIEMMI Enzo, I catechisti degli adulti in Italia, in La formazione dei catechisti. Problemi di oggi per la catechesi di domani, LDC, 1998, 143-147.
- Les résultats de cette enquête ont été publiés en: UFFICIO CATECHISTICO NAZIONALE, Esperienze di catechesi degli adulti in Italia oggi, a cura di Soravito Lucio, LDC, Leumann (To) 1990, 148 pp.
- Cette typologie a été établie par une enquête menée dans le diocèse de Vérone, mais elle est révélatrice d’une situation généralisée.








Para ver:

CT 23-24, 28, 44.
CCE 1229-1233, 1247.
DGC 78, 88-90, 256-257.