sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Segundo Encontro - Apontamentos

Princípios da andragogia


Para que exista uma verdadeira formação cristã de aprofundamento, que não deve ser confundida com catequese, a sua estrutura não deve ser tendencialmente gnoseológica, mas deve procurar tocar a inteligência, a vontade e o afecto.
O ensino tradicional, que a Igreja começou, e onde foram desenvolvidos alguns princípios da pedagogia, como o memorizar, o repetir e o avaliar, não se adequam a esta formação de adultos, que está centrada em dois pólos, o que aprende e o que ensina.
No contexto dos adultos o local de aprendizagem é a experiência, e é desta que deve partir a sua motivação. Qualquer catequese de adultos tem que partir da experiência. As principais ferramentas de que um formador de adultos se pode valer são a humildade e a verdade.
A aprendizagem deve ser democrática, funcionando numa base de proposta e escolha por parte do grupo. A experiência humana deve ser convocada e sobre esta são apresentados novos dados que permitam um novo olhar sobre a experiência. Na formação de adultos os dados da Revelação devem ser introduzidos para que a experiência humana seja reavaliada. No final deste processo tem um papel importante a síntese.
Este método é um pouco parecido com o que era usado na Acção Católica: o ver; julgar; agir.
Para o adulto é importante apresentar a importância do que vai aprender para a sua vida, e ter sempre presente que a sua presença é voluntária.
A motivação é maior se partirmos da sua experiência, a sua maneira de aprender é a prática, especialmente através de tarefas, jogos didácticos, dinâmicas. O esquema seguido pode ser sintetizado assim: Experiência; Aprendizagem; reorganização da Experiência. O adulto está predisposto a aprender aquilo que julga ser importante.
O convite para a formação de adultos deve ser interessante.
Alguns dos problemas levantados na formação de adultos prendem-se com a linguagem e os conceitos, os quais devem ser introduzidos de forma a ficarem clarificados.
A orientação da aprendizagem dever ser dada pela experiência, pois pode já haver uma experiência religiosa, mas que muitas vezes não é cristã, onde deve ser proposta a novidade do Evangelho.
Para encontramos, em Igreja, métodos capazes para esta formação de adultos devemos socorrermo-nos das ciências humanas e das boas práticas, estejam onde estiverem.

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